Éramos uma equipe de três pessoas. Um reparador, segurança, e eu, um fotojornalista investigativo.
Passaríamos mais de três semanas viajando pelo estado do Pará, no nordeste do Brasil, tentando nos encontrar com pessoas que sofreram traumas profundos como resultado da perseguição por proprietários ricos e um estado corrompido. Dirigimos 5000 quilômetros por estradas vermelhas que haviam sido escavadas na floresta tropical primária intacta - um empreendimento de infraestrutura que teve início sob a ditadura militar no início dos anos 70.
Essa floresta tropical primária desapareceu - uma área com mais da metade do tamanho da Europa ocidental, mas apenas um dos 26 estados do Brasil - cortada para pasto. Estenda esse padrão de destruição para outros estados, e você não verá mais a floresta, mas fazendas e fazendas de gado.
Fizemos 5000 quilômetros e tudo que vimos foram vacas e nuvens de tempestade, pára-brisas sujos e os restos carbonizados de castanheiras, fulminadas por raios, solitárias em campos devastados.
Estas imagens foram tiradas ao longo do caminho e representam a pátina e a moagem, de alguma forma o aroma e a memória da viagem que fizemos.