ENSAIO FOTOGRÁFICO
    • BRASIL: CRIMES ATROZES NA AMAZÔNIA

    • I. ANTECEDENTES CONTEXTUAIS

    • II. VIOLÊNCIA CONTRA USUÁRIOS DE TERRAS RURAIS E SEUS DEFENSORES

    • III. CRIMES NO ESTADO DO PARÁ

    • IV. CRIMES CONTRA A HUMANIDADE: DIREITO E ANÁLISE

    • V. INTERESSE DA JUSTIÇA

  • SOBRE A PLATAFORMA
  • BAIXE A COMUNICAÇÃO ICC
  • ENSAIO FOTOGRÁFICO
  • DEPOIMENTO
  • A FLORESTA
  • USUÁRIOS DA TERRA RURAL
  • A ESPINHA DORSAL DO PEIXE
  • 5000
  • O PONTO VERMELHO PÁLIDO

A espinha dorsal do peixe

A Rodovia Transamazônica, BR-230, foi um grande projeto de infraestrutura empreendido pelo regime militar em 1972. Possui 4.000 quilômetros de extensão, mas logo ao norte de Marabá, Estado do Pará, à medida que a estrada se dirige para o oeste, para Itaituba e mais além, adentrando a floresta amazônica, a superfície pavimentada dá lugar à lama vermelha que a torna intransitável durante a estação chuvosa.

À medida que a estrada forja seu caminho implacável, as estradas de acesso se ramificam para dentro da floresta, invadindo a floresta impenetrável. O lema do governo da época era "terra sem homens para homens sem-terra". Mas estas estradas de acesso se tornaram o principal acesso para a extração ilegal de madeira. E quanto mais iam aumentavam esses caminhos, mais as árvores eram cortadas.

Observada de cima, a BR-230 aparece como uma via central e milhares de ramificações - e cada estrada desova em outra, levando à destruição gradual e contínua da floresta.

No Brasil, essa estrada é chamada de 'espinha de peixe'.

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